segunda-feira, 19 de agosto de 2013

RA, 19 DE AGOSTO DE 2013Sem categoria | 06:00

Foi-se um quarto da década e não saiu o plano para ela

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É como se começasse o segundo bimestre de uma escola em funcionamento e a equipe gestora ainda estivesse debatendo quantos alunos poderiam atender naquele ano, de que série seriam, com que material e formação os professores deveriam contar e até mesmo quanto de dinheiro precisariam e quem pagaria a conta. Em linhas gerais é exatamente disso que tratam as 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE) só que em vez de um bimestre já se passaram dois anos e meio da década a que ele se destinaria.
O cronograma lógico previa que a essa altura o País analisasse o que já foi feito. As etapas locais para a Conferência Nacional de Educação de 2014 teriam este papel, mas acabam neste mês de agosto sem que se saiba o que exatamente o Brasil tem dever de cumprir.
Quando a primeira versão do PNE chegou ao Congresso, em dezembro de 2010, Mano Menezes ainda era técnico recém-chegado na seleção brasileira e Dilma Rousseff se preparava para tomar posse como presidente da República. Se foi tempo para muita coisa acontecer para estes dois, imagina para estudantes em formação.
Para os parlamentares, no entanto, sempre houve pretexto para adiamento. O projeto do plano é inclusive o recordista nacional de propostas de emenda embora se mantenha quase o mesmo. Só o que variou várias vezes, ou seja a razão de tanta demora, é quanto será investido – o que muda tudo.
As manifestações ocorridas há um mês deram um tranco no projeto. Na semana passada, a destinação de boa parte dos royalties do petróleo para Educação foi aprovada na Câmara. Depois do fim (com título!) da Copa das Confederações é preciso saber se encontramos no desejo por uma educação melhor combustível para não perder o embalo. Seria uma conquista ainda maior do que reduzir o valor da passagem de ônibus.
Autor: Cinthia Rodrigues

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